GRIPE ESPANHOLA:
A MARCHA DA EPIDEMIA
PORTO ALEGRE SITIADA
As primeiras manifestações da gripe espanhola em Porto Alegre ocorreram no final de outubro. Com poucos recursos médicos disponíveis à época para o atendimento à população, a cidade se organiza dividindo seus cinco distritos em 33 quarteirões, para enfrentar a marcha da epidemia.
Cada quarteirão contava com um médico e doutorandos em medicina a postos para atender aos doentes. No auge da epidemia, o caos e o medo tomaram conta da população e centenas de pessoas deixaram a capital em direção ao interior, a fim de fugir da doença.
1. Ventosas de bomba
Pertenceu: Dr. Armando Torres de Vasconcellos
Doador: Luis de Moura Fragomeni
2.Livro: CHERNOVIZ, Pedro Luiz Napoleão. Formulário e Guia Médico
Paris: Typographia de R. Roger e F. Chernoviz. 18˚ Edição, 1908.
Doador: Dr. Oli Lobato
3. Medicamentos utilizados para o tratamento da Gripe Espanhola
Doador: Hospital Beneficência Portuguesa de Porto Alegre
4. Maceradores para produção de medicamentos
Pertenceu: Manoel José dos Santos Chaves, João Baptista Mendes, Hospital Victor Lang/Cachoeira do Sul
5.Cadinhos de Porcelana
Pertenceu: Hospital Victor Lang/
Caçapava do Sul e Lovois Miguel
6.Balança de Laboratório
Pertenceu: Dr.Tácito Diomar Kraemer.
Doador: Marco Antônio Kraemer
QUININA, CANJA E LIMÃO
No início do século XX, não havia antibióticos para tratar doenças infecciosas, nem vacinas para sua prevenção. Logo, eram poucas as alternativas de tratamento aos doentes acometidos de Gripe Espanhola.
Uma opção foi a utilização de medicamentos usados para tratar outras doenças, como o ácido acetilsalicílico, que possuía propriedade analgésicas e anti-inflamatórias, bem como a quinina, eficaz no tratamento da malária e outras doenças que causavam febres altas.
Como medida de prevenção, os médicos prescreviam repouso e cuidados com a alimentação e hidratação. A procura por quinina, limão e galinhas para a canja acarretaram na elevação dos seus preços.